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Contrato de autônomo: Oportunidade ou risco?

  • fernandesadvassoci
  • 12 de fev.
  • 2 min de leitura

A contratação de profissionais como autônomos é uma prática cada vez mais comum no mercado, especialmente quando a natureza do trabalho ou da atividade permite maior flexibilidade e autonomia ao prestador de serviço. No entanto, muitos empregadores utilizam essa modalidade contratual de forma inadequada, exigindo que o profissional constitua uma empresa (a chamada "PJ"), apenas para reduzir custos trabalhistas.


Sem dúvidas, o contrato de autônomo é uma ferramenta válida e, em muitas situações, é a melhor opção para ambas as partes. Profissionais que atuam em categorias como consultoria, tecnologia, design e outras atividades com alto grau de independência podem se beneficiar dessa relação. Contudo, quando o objetivo da contratação é unicamente desvirtuar a relação empregatícia e reduzir encargos, o risco de caracterização de vínculo trabalhista é elevado.


A legislação trabalhista brasileira é clara quanto aos critérios que configuram uma relação de emprego, como a pessoalidade, subordinação, habitualidade e onerosidade. Se essas características estiverem presentes, mesmo que o profissional seja contratado como autônomo ou por meio de uma empresa, o vínculo empregatício pode ser reconhecido judicialmente. Nesse caso, o empregador pode ser condenado ao pagamento de todas as verbas trabalhistas retroativas, além de multas e penalidades.


Adotar um contrato de autônomo apenas para reduzir custos, sem respeitar a real natureza da relação, pode gerar um prejuízo financeiro significativo e ainda prejudicar a reputação da empresa. Por isso, é essencial que os contratos sejam elaborados de forma estratégica, com orientação jurídica especializada, analisando as necessidades do negócio e garantindo que a relação seja transparente, segura e em conformidade com a lei.


Se você tem dúvidas sobre qual modalidade de contrato é mais adequada para sua empresa ou deseja minimizar riscos trabalhistas, nossa equipe está à disposição para auxiliá-lo. Afinal, prevenir é sempre mais econômico do que remediar.

 
 
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